quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Santa aos 18 anos!!!!! Chiara Luce Badano, Cerimônia de Beatificação 25 de Setembro de 2010

Precisamos de Santos

Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".
(João Paulo II)

Palavra de Vida do Mês de Setembro

“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes” (Mt 18, 22)
Setembro de 2010




Com essas palavras, Jesus e responde a Pedro que, depois de ter ouvido coisas maravilhosas pronunciadas pela boca do Mestre, lhe fez esta pergunta: «Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?». E Jesus responde: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes».
Pedro, sob a influência da pregação do Mestre, provavelmente tinha pensado – bom e generoso como era – em se lançar na sua nova linha, fazendo algo  excepcional: chegar a perdoar até sete vezes. Mas respondendo «até setenta vezes sete vezes», Jesus afirma que, para Ele, o perdão deve ser ilimitado: é preciso perdoar sempre.


“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”.

Essa frase relembra o cântico bíblico de Lamec, um descendente de Adão: «Sete vezes Caim será vingado, mas Lamec, setenta e sete vezes» . Começa assim a difusão do ódio no relacionamento entre os homens do mundo inteiro, avolumando-se como um rio na cheia.
Jesus contrapõe a essa difusão do mal o perdão sem limites, incondicional, capaz de romper a espiral da violência.
O perdão é a única solução capaz de conter a desordem e abrir, para a humanidade, um futuro que não seja a autodestruição.


“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”.

Perdoar. Perdoar sempre. O perdão não é esquecimento, que muitas vezes significa não querer encarar a realidade. O perdão não é fraqueza, que significa não considerar uma injustiça por medo do mais forte que a cometeu. O perdão não consiste em achar sem importância aquilo que é grave ou como um bem aquilo que é mal.
O perdão não é indiferença. O perdão é um ato de vontade e de lucidez, portanto de liberdade, que consiste em acolher o irmão e a irmã do jeito que eles são, apesar do mal que nos possam ter causado, da mesma forma como Deus acolhe a nós pecadores, apesar dos nossos defeitos. O perdão consiste em não responder à ofensa com outra ofensa, mas em fazer aquilo que diz Paulo: «Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem» .
O perdão consiste em você dar a quem o prejudica a possibilidade de estabelecer um novo relacionamento com você; é, portanto, uma nova chance para ele e para você de recomeçar a vida, de ter um futuro no qual o mal não tenha a última palavra.

“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”.

Como faremos, então, para viver esta Palavra?
Ela é uma resposta de Jesus a Pedro, que lhe perguntou: «Quantas vezes terei que perdoar o meu irmão?»
Ao dar esta resposta, Jesus pensava, principalmente, no relacionamento entre cristãos, entre membros da mesma comunidade.
Por isso, é antes de tudo com os outros irmãos e irmãs na fé que você deve agir assim: na família, no trabalho, na escola ou na comunidade à qual pertencemos.
Sabemos como muitas vezes queremos retribuir a ofensa sofrida com um ato ou uma palavra à altura.
Sabemos também que, pelas diferenças de temperamento, por nervosismo ou por outras causas, a falta de amor é frequente entre pessoas que vivem juntas. Pois bem, é preciso lembrar-se de que só uma atitude sempre renovada de perdão pode manter a paz e a unidade entre os irmãos.
Teremos sempre a tendência de pensar nos defeitos das irmãs e dos irmãos, de lembrar o seu passado, de pretender que sejam diferentes... É preciso adquirir o hábito de vê-los com olhos novos, ou melhor, de vê-los novos, aceitando-os sempre, logo e totalmente, mesmo quando não se arrependem.
Você pode pensar: «Mas é difícil» Não há dúvida. Mas justamente aqui está a beleza do cristianismo. Não é por acaso que somos seguidores de Cristo que, morrendo na cruz, pediu perdão ao Pai por aqueles que o matavam, e ressuscitou.
Coragem. Comecemos uma vida desse tipo, que nos garante uma paz jamais experimentada e uma alegria a ser descoberta».

Chiara Lubich

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Palavra de Vida - Agosto de 2010

“Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45)

Esta Palavra faz parte de um acontecimento simples e altíssimo ao mesmo tempo: o encontro entre duas gestantes, duas mães, nas quais a simbiose espiritual e física com seus filhos é total. Essas mães são a boca e os sentimentos dos filhos. Quando Maria fala, o menino de Isabel estremece de alegria no seu ventre. Quando Isabel fala, suas palavras parecem ter sido colocadas em seus lábios pelo Precursor. Mas, enquanto que as primeiras palavras de seu hino de louvor a Maria são dirigidas pessoalmente à mãe do Senhor, as últimas são pronunciadas na terceira pessoa: “Feliz aquela que acreditou”.
Dessa forma, a sua “afirmação adquire um caráter de verdade universal: a bem-aventurança vale para todos os fieis, aplica-se àqueles que acolhem a Palavra de Deus e a colocam em prática, encontrando em Maria o modelo ideal” (G. Rossé, Il Vangelo di Luca, Roma, 1992, p. 67).

“Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”.

Essa é a primeira bem-aventurança do Evangelho que se refere a Maria e também a todos os que querem segui-la e imitá-la.
Em Maria existe uma estreita ligação entre fé e maternidade como fruto da escuta da Palavra. E Lucas, nesse trecho, sugere algo que se refere também a nós. Mais adiante, no Evangelho dele, Jesus diz: “Minha mãe e meus irmãos são estes daqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21). Como que antecipando essas palavras, movida pelo Espírito Santo, Isabel anuncia que todo discípulo pode se tornar “mãe” do Senhor. A condição é que acredite na Palavra de Deus e a transforme em vida.

“Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”.

Depois de Jesus, Maria é a pessoa que melhor e mais perfeitamente soube dizer “sim” a Deus. É sobretudo nisso que consiste a sua grandeza. Se Jesus é o Verbo, a Palavra encarnada, Maria, pela sua fé na Palavra, é a Palavra vivida, sendo, porém, criatura como nós, igual a nós.
O papel de Maria como Mãe de Deus é sublime e grandioso. Mas Deus não convida apenas a Virgem a gerar Cristo em si mesma. Todo cristão, embora de outro modo, tem uma tarefa semelhante, ou seja, encarnar Cristo até repetir como São Paulo: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Mas como atuar tudo isso?
Tendo, diante da Palavra de Deus, a mesma atitude de Maria, ou seja, de total disponibilidade. Portanto, como Maria, acreditar que todas as promessas contidas na Palavra de Jesus vão se realizar e, se for necessário, enfrentar, como fez ela, o risco do absurdo que a Palavra Dele às vezes comporta.
Coisas grandes e pequenas, porém sempre maravilhosas, acontecem com quem crê na Palavra. Muitos livros poderiam ser escritos com os fatos que provam isso.
Quem pode se esquecer de quando, em plena Segunda Guerra Mundial, acreditando nas palavras de Jesus, “pedi e recebereis” (Jo 16,24), pedíamos tudo aquilo de que muitos pobres da cidade de Trento tinham necessidade, e víamos chegar sacos de farinha de trigo, latas de leite em pó e de geleia, lenha para fogão, roupas?
Também hoje, isso continua se repetindo. “Dai e vos será dado (Lc 6,38) e as despensas para os pobres continuam sempre cheias, embora sejam regularmente esvaziadas.
Mas, o que mais impressiona é como as palavras de Jesus são verdadeiras, sempre e em toda parte. A ajuda de Deus chega pontualmente, mesmo em circunstâncias impossíveis e nos pontos mais isolados da Terra, como aconteceu pouco tempo atrás com uma mãe que vive em situação de miséria. Um dia, ela sentiu-se impulsionada a dar as últimas moedas que possuía a uma pessoa ainda mais pobre do que ela. Acreditava nas palavras do Evangelho: “Dai e vos será dado”. E seu coração estava em paz. Pouco depois, a sua filha caçula chegou perto dela e lhe mostrou um presente que tinha acabado de receber de um parente idoso que passara casualmente por ali. Na sua mãozinha havia uma soma de dinheiro maior do que a quantia doada.
Uma “pequena” experiência como essa nos incentiva a acreditar no Evangelho; e cada um de nós pode experimentar a alegria, a bem-aventurança que encontramos ao ver as promessas de Jesus se realizarem.
Quando, na vida de todos os dias, ao lermos as Sagradas Escrituras, nos encontrarmos com a Palavra de Deus, abramos nosso coração para escutá-la, com a fé em que tudo o que Jesus nos pede e promete vai se realizar. Não tardaremos a descobrir, como Maria e como aquela mãe, que Ele cumpre as suas promessas. 
Chiara Lubich
Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em agosto de 1999.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Onde Vivemos...

Na Mariápolis Ginetta, situada no município de Vargem Grande Paulista, uma das 30 localidades do Movimento dos Focolares,  onde todos os seus habitantes procuram viver o Evangelho, sobretudo na sua essência que é o amor recíproco.  Gostaríamos e nos esforçamos para que todos aqueles que passam por aqui possam dizer: "vede como eles se amam".